Tem coisas em si mesmas injustificáveis, como a dor íntima do improvável que tantas vezes vem baquear no peito e revirar a gente por dentro...
Se as muralhas fossem construídas de línguas e sílabas, faria um soneto pra você e declamaria lá do alto farol das imensidades, aprenderia a cantar e dançaria só pra ver você sorrir...
Mas não é assim que se fazem as flores, não é assim que se fazem certezas...
Elas nascem fracas entre os dedos, nas dobrinhas das falanges, nas rachaduras dos lábios e precisam se fortificar para tornarem-se pétalas...
...precisam firmar ramos, aprofundar-se em raízes...
...os milagres e sonhos precisam de tempo...
...mas nem sempre nos é permitido lhe dar prazos...
Dedicado a uma pessoinha muito especial que hoje foi lá pra cima cuidar da gente...