Não há como fugir de fatos.
Cada coisa é uma palavra, cada palavra, uma coisa. Quando não se tem, inventa-se.
Não é fácil escrever. Escrever é difícil, duro como diamante, ainda mais quando voam faíscas e lascas como uma porta de vidro estilhaçada por explosão.
Ahhh, que medo de começar....
De uma coisa tenho certeza, vou mexer com coisa delicada, abandonar sentimentos antigos já confortáveis...
Agora não é confortável, isso não é confortável, mas há que se fazer...
Para falar da “coisa” tenho que chorar durante dias, adquirir olheiras escuras, só cochilar de pura exaustão, andar angustiada como que perdida pelo próprio quarto e deixar que os sentimentos transbordem em doses homeopáticas, assim, fugindo discretamente de um esconderijo, tudo isso para me pôr no nível de quem não merece...
A ação desta história terá como resultado minha transfiguração e uma tentativa de materialização. Entendam como quiser.
É preciso evitar que a tendência analista que acaba por reduzir o mundo, os sentimentos e os atos (e fatos), a míseros elementos me atinja. Eu não sou assim, reação.
Reação. Reação.
O cinzento das palavras ditas não vai embaçar meus vinte e dois anos e sumir sem “reação”.
Olhando pela janela foi que pensei naquela coisa terrível...
Silêncio. Lá fora a brisa indiferente...
Em pouco tempo vai começar a chover.
2 comentários:
"Olhando pela janela foi que pensei naquela coisa terrível..."
O terrível é fato, só não se pode passar ao ato...
É essa "existalgia" quem nos assusta, né Ma?! A indiferença da brisa que nos desarvora, e parece fazer doer ainda mais todos os sentidos...
Fique bem!
Bons ventos... Ao som de Legião Urbana, Só por hoje.
Oiii, que bom seu blog!!
Espero ver muitos posts aqui
Não é fácil escrever, eu q diga, pq ñ aguento mais minha monografia. Não rendo como deveria...
Um beijo e saudades
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