
(Fahrenheit 451, de François Truffaut, 1966, DVD, 111 Min.)
Françoise Truffot, foi, nada menos do que, um visionário ao criar num filme como este, que retrata, de certa forma, a civilização atual, um mundo claustrofóbico, onde o corpo de bombeiros, em vez de apagar o fogo, queima livros. Isso mesmo.
O corpo de bombeiros é uma figura metonímica representativa de uma ditadura, um estado totalitário e opressor, que determina o que devemos ou não fazer, o que é bom ou não pra gente. Um governo que obtém total controle sobre a sociedade...
Ler é uma atividade perigosa, portanto, proibida. Possuir livros é ilegal.
Os que seguem a regra, são, nada mais do que, fantoches humanos.
A alienação é representada pela televisão, o meio mais utilizado para evitar o uso criativo e
reflexivo do tempo livre. Ou seja, não há atividade criativa.
É o encontro com uma jovem idealista que permite ao protagonista começar a se indagar e indagar o sistema imposto, decidindo por romper a estrutura vigente e unindo-se as “Pessoas-livros”.
O filme é uma puta crítica à Indústria Cultural. No mais, é sobre autoritarismo, totalitarismo e controle de informação. Coisa que acontece até hoje: é mais fácil ter uma população de ignorantes para governar, pois a mesma oferece menos resistência, é mais fácil de controlar.
Obs: e o carro de bombeiros é luxo só! rs
Nenhum comentário:
Postar um comentário