segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Fahrenheit 451
(Fahrenheit 451, de François Truffaut, 1966, DVD, 111 Min.)
Françoise Truffot, foi, nada menos do que, um visionário ao criar num filme como este, que retrata, de certa forma, a civilização atual, um mundo claustrofóbico, onde o corpo de bombeiros, em vez de apagar o fogo, queima livros. Isso mesmo.
O corpo de bombeiros é uma figura metonímica representativa de uma ditadura, um estado totalitário e opressor, que determina o que devemos ou não fazer, o que é bom ou não pra gente. Um governo que obtém total controle sobre a sociedade...
Ler é uma atividade perigosa, portanto, proibida. Possuir livros é ilegal.
Os que seguem a regra, são, nada mais do que, fantoches humanos.
A alienação é representada pela televisão, o meio mais utilizado para evitar o uso criativo e
reflexivo do tempo livre. Ou seja, não há atividade criativa.
É o encontro com uma jovem idealista que permite ao protagonista começar a se indagar e indagar o sistema imposto, decidindo por romper a estrutura vigente e unindo-se as “Pessoas-livros”.
O filme é uma puta crítica à Indústria Cultural. No mais, é sobre autoritarismo, totalitarismo e controle de informação. Coisa que acontece até hoje: é mais fácil ter uma população de ignorantes para governar, pois a mesma oferece menos resistência, é mais fácil de controlar.
Obs: e o carro de bombeiros é luxo só! rs
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